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Preço do peixe bate recorde de aumento

Edição de 03/04/2012


Segundo o Dieese, reajustes já chegam a mais de 30% no trimestre

O preço do pescado bateu recorde nos supermercados da Região Metropolitana de Belém no mês de março, em relação ao primeiro trimestre deste ano. A constatação é da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) divulgada ontem. O balanço mostrou que os aumentos generalizados nos preços dos peixes nos três primeiros meses chegaram a somar, em vários casos, mais de 30%. Como exemplo, o quilo da pescada branca passou de R$ 8,96, no mês de janeiro, para R$ 12,81 em março.

"A mesma situação das feiras se repetiu nos supermercados. Tudo teve uma variação muito superior à inflação", afirma o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena. Segundo ele, os peixes tiveram em média uma subida de 12% nos três primeiros meses, enquanto a inflação é estimada em 1,5%.

Segundo o Dieese, os maiores reajustes nos peixes comercializados inteiros foram verificados na Pescada Branca (50,18%), Pescada Gó (42,20%), Gurijuba (34,80%), Dourada (30,92%), Pescada Amarela (28,68%) e Tainha (18,68%). Nos peixes vendidos em postas os maiores acúmulos foram da Dourada (35,49%), Pescada Amarela (30%), Filhote (25,35%) e Gurijuba (22,37%). Já nos vendidos em filé, o Filhote teve reajuste de 43,41% e a Pescada Amarela de 28,35%.

Somente no mês de março, os preços variaram entre 3,61% e 37,78%. Os maiores aumentos nos peixes inteiros em março foram da Pescada Gó (37,78%), Pescada Branca (12,76%), e Peixe Serra (10,20%). Nos peixes vendidos em postas e em filé os acúmulos chegaram até 12,60% e 8,48% respectivamente, mesmo com a assinatura do decreto pelo Governo do Estado que proíbe, a partir do dia 18 de março, a exportação do pescado para outros estados.

O vice-presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), José Oliveira, afirma que para não repassar os aumentos integralmente para a população a margem de lucro diminuiu bastante. "O decreto do governo valeu para a oferta de pescado continuar, mas os preços não baixaram", afirma.

Para Roberto Sena, as causas para tais reajustes, mesmo com a produção paraense sendo uma das maiores do Brasil, são a falta de política do Estado para a área que perdurou por vários anos e ausência de um entreposto de pesca. Esta é a mesma opinião de José Oliveira, da Aspas. "Aqui não tem uma central onde possamos comprar os peixes de maneira direta, sem os atravessadores. Tem muito peixe, mas não tem uma política pesqueira", confirma.

Fonte:Portal ORM

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