Edição de 20/12/2011
Fonte: ORM
Uma casa tem saneamento adequado, segundo critérios do IBGE, quando dispõe de rede de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta feita por uma empresa. De acordo com o levantamento, em somente 18 cidades com risco de surto, a maioria das casas encontra-se nessa situação. O restante dos municípios enquadra-se em saneamento semiadequado, quando dispõe de pelo menos um dos serviços, ou inadequado, quando não há nenhum dos serviços em pleno funcionamento.
Os municípios com os menores percentuais de saneamento adequado estão no Norte e Nordeste, as duas regiões com o maior grupo de cidades com chances de surto de dengue. Nas duas regiões, são 39 cidades. Em Buritis (RO), Espigão do Oeste (RO), Mucajaí (RR), Porto Acre (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Água Branca (PI), menos de 5% das casas têm saneamento em condição adequada.
O Mapa da Dengue, do Ministério da Saúde, também mostra que a ausência de saneamento facilita o surgimento de criadouros do mosquito. No Norte, 44,4% dos focos de transmissão estão no lixo, no Nordeste, 72,1% são relacionados ao abastecimento de água.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o pior problema para o combate à dengue é o abastecimento irregular de água porque leva a população a usar caixas d'água, potes e barris. Mal tampados, esses pequenos reservatórios são ideais para o mosquito Aedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade.
'Mesmo em muitas cidades com acesso [à rede de água], o fornecimento é intermitente', disse o secretário. No lixo, o problema são as garrafas plásticas, tampinhas, pneus e outros recipientes onde a água da chuva se acumula com rapidez.
Apesar de admitir que o fornecimento irregular de água e a falta de recolhimento de lixo atrapalham as ações para enfrentamento da dengue, Barbosa defende que nos locais onde há ausência desses serviços é possível prevenir a doença com hábitos simples. As pessoas devem ser orientadas, por exemplo, a tampar as caixas d`água, tirar água dos pratinhos das plantas, limpar os ralos, recolher folhas das calhas e a manter o lixo fechado.
'Não podemos esperar que todos os problemas sejam resolvidos para combater a dengue. Há problemas que podem ser resolvidos mais facilmente', justificou o secretário.
Nos municípios com risco de surto de dengue, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, índice considerado preocupante pelo ministério.
Lista dos municípios com risco de surto de dengue:
Água Branca (PI)
Afogados da Ingazeira (PE)
Araripina (PE)
Arapiraca (AL)
Arcoverde (PE)
Bonfim (RR)
Brasileia (AC)
Buritis (RO)
Cajazeiras (PB)
Catolé do Rocha (PB)
Camaragibe (PE)
Currais Novos (RN)
Catanduva (SP)
Cuiabá (MT)
Dom Eliseu (PA)
Espigão do Oeste (RO)
Epitaciolândia (AC)
Floresta (PE)
Garanhuns (PE)
Governador Valadares (MG)
Guairá (PR)
Ilhéus (BA)
Itabuna (BA)
Itaboraí (RJ)
Jequié (BA)
Laranjeiras (SE)
Loanda (PR)
Maruim (SE)
Marabá (PA)
Mucajaí (RR)
Monteiro (PB)
Mossoró (RN)
Nova Londrina (PR)
Ouro Preto do Oeste (RO)
Piancó (PB)
Palmeira dos Índios (AL)
Parauapebas (PA)
Pacaraíma (RR)
Porto Acre (AC)
Porto Velho (RO)
Rio Branco (AC)
São Raimundo Nonato (PI)
Santa Cruz do Capibaribe (PE)
Simões Filho (BA)
Senador Guiomard (AC)
São Fidélis (RJ)
Sarandi (PR)
Tucuruí (PA)
Fonte: Agência Brasil
Edição de 13/12/2011
TRACUATEUA: COMANDO MÉDICO MOBILIZA HOJE A COMUNIDADE DO QUATIPURU-MIRIM.
Edição de 29/11/2011
Realização: Secretaria Municipal de Saúde - Secretária Eliane Pinheiro Casseb
Fonte: SEMS (Secretaria Municipal de Saúde)
Edição de 08/10/2011
Cardiologista no Hospital das Clinicas Gaspar Vianna só em dezembro
As consultas de coração no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HCGV) estão demorando cerca de um mês para serem feitas. A grande demanda de usuários para o atendimento, uma vez que a fundação médica é a única referência em tratamento de pacientes cardiopatas no Estado, paralisou também o exame de esteira ergométrica, destinado à avaliação de pacientes com problemas cardíacos. A previsão é que o serviço seja normalizado até a próxima segunda-feira. A falta de manutenção do equipamento já retarda o diagnóstico dos atendidos. Na rede privada, o teste cardiológico custa cerca de R$ 125,00.
O pedreiro Paulo de Souza Vieira, de 57 anos, que tem três pontes de safena e, recentemente, passou por uma cirurgia se sentiu mal na última quinta-feira e foi atendido na emergência do HC. Ele foi operado no mesmo hospital, mas ao procurar a unidade na manhã de ontem, foi informado que as consultas estavam sendo agendadas para o próximo mês. 'Estou tomando medicação, mas é preciso que eu faça imediatamente a consulta. Mesmo com os remédios, sinto muito cansaço e pode ser que tenha a ver com o coração', disse
Vieira tem que renovar o benefício do INSS no dia 10 e corre o risco de perdê-lo. 'O exame ergométrico é exigido para comprovar que sou mesmo cardíaco. Para a renovação do benefício é importante também que o paciente continue no mesmo hospital. Na minha última consulta na Previdência, ficaram desconfiados porque troquei de médico em um curto período de tempo', conta.
O exame que o paciente precisa fazer serve para avaliar o real condicionamento cardiovascular, prevê uma possível doença arterial coronariana e ainda, por métodos diretos e indiretos, mede o consumo máximo de oxigênio no organismo.
Justificativa - Em nota, o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna afirma que é grande a demanda de usuários para o atendimento, tanto de forma emergencial quanto ambulatorial, o que pode gerar um período de espera maior. Por conta do uso constante, a esteira ergométrica utilizada pelo hospital apresentou constantes panes e a necessidade de reparo por parte da empresa encarregada da assistência técnica do equipamento.
Para solucionar o problema, a direção do hospital realizou processo licitatório para a compra de um novo equipamento, o qual deve ser entregue pela empresa fornecedora até o início da próxima semana, quando será retomado o exame ergométrico.
Fonte: O Liberal
Edição de 04/10/2011
Seis municípios do Pará vão receber R$ 2 milhões para combate à malária
Seis municípios do Pará vão receber R$ 2 milhões para combate à malária. A informação foi informada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Agência Brasil. Cinquenta por cento dos casos de malária no Pará estão concentrados em seis apenas seis cidades do Estado. Por essa razão, além dos recursos normalmente repassados para o combate da malária, esses seis municípios vão receber mais R$ 2 milhões como forma de incentivo às ações de controle da doença.
O ministro destacou a importância do trabalho conjunto para diminuir o problema. 'Nós estabelecemos que até 2015 devemos chegar a 50% da redução dos casos de malária tendo como base o ano de 2007. Mostramos nesse primeiro semestre que é possível reduzir a malária no País com a parceria dos Estados e municípios e com a sociedade', finaliza.
Fonte: ORM
Número de casos de dengue está relacionado à falta de saneamento adequado
A falta de abastecimento de água e de coleta de lixo está relacionada ao alto número de casos de dengue nas cidades. Dos 48 municípios com risco de surto da doença no verão, 62,5% têm menos da metade das casas com acesso a saneamento adequado. É o que mostra um levantamento feito pela Agência Brasil a partir da lista do Ministério da Saúde de cidades com risco de surto da doença e de dados sobre saneamento básico do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma casa tem saneamento adequado, segundo critérios do IBGE, quando dispõe de rede de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta feita por uma empresa. De acordo com o levantamento, em somente 18 cidades com risco de surto, a maioria das casas encontra-se nessa situação. O restante dos municípios enquadra-se em saneamento semiadequado, quando dispõe de pelo menos um dos serviços, ou inadequado, quando não há nenhum dos serviços em pleno funcionamento.
Os municípios com os menores percentuais de saneamento adequado estão no Norte e Nordeste, as duas regiões com o maior grupo de cidades com chances de surto de dengue. Nas duas regiões, são 39 cidades. Em Buritis (RO), Espigão do Oeste (RO), Mucajaí (RR), Porto Acre (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Água Branca (PI), menos de 5% das casas têm saneamento em condição adequada.
O Mapa da Dengue, do Ministério da Saúde, também mostra que a ausência de saneamento facilita o surgimento de criadouros do mosquito. No Norte, 44,4% dos focos de transmissão estão no lixo, no Nordeste, 72,1% são relacionados ao abastecimento de água.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o pior problema para o combate à dengue é o abastecimento irregular de água porque leva a população a usar caixas d'água, potes e barris. Mal tampados, esses pequenos reservatórios são ideais para o mosquito Aedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade.
'Mesmo em muitas cidades com acesso [à rede de água], o fornecimento é intermitente', disse o secretário. No lixo, o problema são as garrafas plásticas, tampinhas, pneus e outros recipientes onde a água da chuva se acumula com rapidez.
Apesar de admitir que o fornecimento irregular de água e a falta de recolhimento de lixo atrapalham as ações para enfrentamento da dengue, Barbosa defende que nos locais onde há ausência desses serviços é possível prevenir a doença com hábitos simples. As pessoas devem ser orientadas, por exemplo, a tampar as caixas d`água, tirar água dos pratinhos das plantas, limpar os ralos, recolher folhas das calhas e a manter o lixo fechado.
'Não podemos esperar que todos os problemas sejam resolvidos para combater a dengue. Há problemas que podem ser resolvidos mais facilmente', justificou o secretário.
Nos municípios com risco de surto de dengue, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, índice considerado preocupante pelo ministério.
Lista dos municípios com risco de surto de dengue:
Água Branca (PI)
Afogados da Ingazeira (PE)
Araripina (PE)
Arapiraca (AL)
Arcoverde (PE)
Bonfim (RR)
Brasileia (AC)
Buritis (RO)
Cajazeiras (PB)
Catolé do Rocha (PB)
Camaragibe (PE)
Currais Novos (RN)
Catanduva (SP)
Cuiabá (MT)
Dom Eliseu (PA)
Espigão do Oeste (RO)
Epitaciolândia (AC)
Floresta (PE)
Garanhuns (PE)
Governador Valadares (MG)
Guairá (PR)
Ilhéus (BA)
Itabuna (BA)
Itaboraí (RJ)
Jequié (BA)
Laranjeiras (SE)
Loanda (PR)
Maruim (SE)
Marabá (PA)
Mucajaí (RR)
Monteiro (PB)
Mossoró (RN)
Nova Londrina (PR)
Ouro Preto do Oeste (RO)
Piancó (PB)
Palmeira dos Índios (AL)
Parauapebas (PA)
Pacaraíma (RR)
Porto Acre (AC)
Porto Velho (RO)
Rio Branco (AC)
São Raimundo Nonato (PI)
Santa Cruz do Capibaribe (PE)
Simões Filho (BA)
Senador Guiomard (AC)
São Fidélis (RJ)
Sarandi (PR)
Tucuruí (PA)
Fonte: Agência Brasil
Edição de 13/12/2011
TRACUATEUA: COMANDO MÉDICO MOBILIZA HOJE A COMUNIDADE DO QUATIPURU-MIRIM.
A Secretaria Municipal de Saúde promoveu hoje um mutirão de atendimento em saúde na localidade do Quatipuru-Mirim. Serão ofertados, entre vacinação, atendimentos odontológicos, clínicos, pediátricos, testes Anti-HIV e entrega de medicamentos. Todos os moradores serão mobilizados com chamadas em casa em casa pelos ACS's da área para que ninguém falte ao evento.
A pretensão da Secretária Eliane Pinheiro Casseb, é que essas Ações aconteçam todos os meses em localidades diferentes do Município e com a participação de todos Profissionais da Saúde.
Na ocasião esta sendo realizadas Palestras, Ações de Educação em Saúde para Crianças e Adultos que foram orientados sobre a correta escovação dos dentes e combate à dengue!
Fonte: SEMS (Secretaria Municipal de Saúde)
Edição de 29/11/2011
No dia 01/12/2011, Dia Mundial de Combate a AIDS, haverá a campanha "A Vida é Mais Forte que a AIDS".
Quebre esse preconceito e faça o teste Anti-HIV.
O mutirão será realizado ao lado da Agência dos Correios a partir das 08h da manhã. Estarão disponíveis cerca de 300 testes rápidos, dos quais o resultado sai em 15 min. Será promovido pela Secretaria Municipal de Saúde através do CTA - Tracuateua.
O exame é gratuito e vem com um kit contendo: (Preservativos e folders).
Aproveite para tirar suas duvidas. Venha realizar o teste gratuitamente.
Simples e bem rápido. |
Simples e bem rápido. |
Fonte: SEMS (Secretaria Municipal de Saúde)
Edição de 08/10/2011
Cardiologista no Hospital das Clinicas Gaspar Vianna só em dezembro
As consultas de coração no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HCGV) estão demorando cerca de um mês para serem feitas. A grande demanda de usuários para o atendimento, uma vez que a fundação médica é a única referência em tratamento de pacientes cardiopatas no Estado, paralisou também o exame de esteira ergométrica, destinado à avaliação de pacientes com problemas cardíacos. A previsão é que o serviço seja normalizado até a próxima segunda-feira. A falta de manutenção do equipamento já retarda o diagnóstico dos atendidos. Na rede privada, o teste cardiológico custa cerca de R$ 125,00.
O pedreiro Paulo de Souza Vieira, de 57 anos, que tem três pontes de safena e, recentemente, passou por uma cirurgia se sentiu mal na última quinta-feira e foi atendido na emergência do HC. Ele foi operado no mesmo hospital, mas ao procurar a unidade na manhã de ontem, foi informado que as consultas estavam sendo agendadas para o próximo mês. 'Estou tomando medicação, mas é preciso que eu faça imediatamente a consulta. Mesmo com os remédios, sinto muito cansaço e pode ser que tenha a ver com o coração', disse
Vieira tem que renovar o benefício do INSS no dia 10 e corre o risco de perdê-lo. 'O exame ergométrico é exigido para comprovar que sou mesmo cardíaco. Para a renovação do benefício é importante também que o paciente continue no mesmo hospital. Na minha última consulta na Previdência, ficaram desconfiados porque troquei de médico em um curto período de tempo', conta.
O exame que o paciente precisa fazer serve para avaliar o real condicionamento cardiovascular, prevê uma possível doença arterial coronariana e ainda, por métodos diretos e indiretos, mede o consumo máximo de oxigênio no organismo.
Justificativa - Em nota, o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna afirma que é grande a demanda de usuários para o atendimento, tanto de forma emergencial quanto ambulatorial, o que pode gerar um período de espera maior. Por conta do uso constante, a esteira ergométrica utilizada pelo hospital apresentou constantes panes e a necessidade de reparo por parte da empresa encarregada da assistência técnica do equipamento.
Para solucionar o problema, a direção do hospital realizou processo licitatório para a compra de um novo equipamento, o qual deve ser entregue pela empresa fornecedora até o início da próxima semana, quando será retomado o exame ergométrico.
Fonte: O Liberal
Edição de 04/10/2011
Doente de câncer espera até quatro meses para iniciar tratamento pelo SUS
Após receber o diagnóstico da doença, um paciente com câncer espera, em média, quase quatro meses para conseguir uma sessão de radioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No caso de uma cirurgia, o tempo médio de espera cai para três meses e, para quimioterapia, dois meses e meio. Os dados integram uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) com base em dados oficiais da rede pública de atendimento e entrevistas com mais de 200 médicos e associações de apoio aos pacientes.
O parâmetro internacional de excelência, segundo o TCU, prevê o início do tratamento de cãncer em, no máximo, 30 dias após o diagnóstico. No entanto, os auditores detectaram que somente 16% dos pacientes com indicação de radioterapia e 35% de quimioterapia iniciaram o tratamento no prazo. No Reino Unido, por exemplo, 99% dos doentes começam o tratamento em menos de um mês.
Depois de seis meses de trabalho, a equipe identificou um déficit de 135 equipamentos de radioterapia, 44 de cirurgia e 39 de quimioterapia. Em relação à radioterapia, se fossem contabilizados os aparelhos existentes na rede privada, ainda faltariam 57 unidades.
Morador do Distrito Federal, o motorista Raimundo Santos, 63 anos, relata a angústia pela espera por uma sessão de radioterapia na rede pública. Diagnosticado em dezembro do ano passado com câncer de próstata, ele iniciou o tratamento somente seis meses depois. Não conseguiu sequer fazer metade das 30 sessões recomendadas pelo médico, já que foi obrigado a interromper o tratamento porque o aparelho quebrou. ‘Me sinto uma peça descartável. Não estou bem. Eu preciso de tratamento e ele não vem’, lamentou.
Outro dado do TCU mostra que menos da metade dos pacientes diagnosticados com câncer conseguiram ter acesso ao tratamento pelo SUS em 2010.
As falhas nos serviços, conforme os auditores, estão relacionadas à carência de investimentos, despreparo dos profissionais para operar equipamentos, ausência de mecanismos para acompanhar a qualidade do serviço prestado, demora na inclusão de novos tratamentos e baixos valores pago aos hospitais, o que desestimula a oferta dos serviços.
‘Apesar do gasto do governo federal estar crescendo nessa área, identificamos muitas carências para serem sanadas’, disse o secretário de Avaliação de Programas de Governo do TCU, Carlos Alberto Sampaio. ‘Temos indicadores semelhantes aos do Reino Unido na década de 90. Eles [os britânicos] fizeram planos com metas e, hoje, têm bons indicadores. Se o Brasil seguir a mesma linha, daqui a dez anos vamos ter indicadores comparados aos do Reino Unido’.
O TCU recomenda que o governo federal faça uma revisão do número de pacientes com necessidade de tratamento pelo SUS, crie indicadores de desempenho e capacite profissionais da atenção básica.
Segundo o Ministério da Saúde, os gastos federais com assistência oncológica triplicaram nos últimos 12 anos. Em 2011, a pasta vai fechar com R$ 2,2 bilhões de recursos aplicados na área. A quantidade de cirurgias oncológicas cresceu 40%, passando de 67 mil (2003) para 94 mil (na estimativa de 2011). No último ano, dos 155 procedimentos de radioterapia e quimioterapia oferecidos pelo SUS, 66 tiveram reajuste do valo pago. ‘Com isso, garantimos maior acesso aos serviços oncológicos para 300 mil pacientes que são atendidos no SUS’, informou o ministério por meio de nota.
Fonte: ORMEdição de 26/10/2011
Secretaria de Saúde de Belém identifica surto do mal de Chagas
A Secretaria de Saúde de Belém identificou um surto do mal de Chagas na cidade. A principal suspeita de transmissão da doença recai sobre a contaminação da fruta mais consumida no Pará.
Dona Dulcinda acompanhou a irmã, Terezinha, em sete hospitais. “Em nenhum hospital se levantou sequer a possibilidade de investigar os sintomas como indicativo da doença de Chagas”, conta. A costureira, de 69 anos, não resistiu. O diagnóstico só foi confirmado dias antes da morte.
Este ano, 41 casos foram confirmados em Belém. Mais da metade, só em outubro. O número é quase três vezes maior do que o registrado em todo o ano passado. No estado, 85 pessoas ficaram doentes este ano. Dez morreram.
“É extremamente preocupante, eu diria vergonhoso, nós termos uma mortalidade desse tipo. Porque nem mesmo nas regiões hiperendêmicas de doença de Chagas no Brasil e na América do Sul se via quadros tão graves como esse”, avalia Aldo Valente, do Instituto Evandro Chagas.
A doença de Chagas é causada por um parasita e transmitida pela picada do barbeiro, pela transfusão de sangue ou pelo consumo de alimentos contaminados com as fezes do inseto. No Pará, autoridades de saúde suspeitam que a maioria dos casos tenha relação com o açaí;
“No segundo semestre, é o período em que a gente detecta maior número de casos da doença de Chagas, até relacionado também à safra do açaí, por ser um alimento mais disponível. E, infelizmente, por varias situações, a gente ainda não ter adequadamente um bom controle nas boas práticas de manipulação desse produto”, explica Elenilde Goes, da Secretaria Estadual de Saúde.
Equipes de saúde estão investigando, caso a caso, para tentar descobrir como os pacientes foram infectados. Só em um bairro da periferia de Belém, nove pessoas tiveram a doença de Chagas depois de tomar açaí em quatro pontos de venda na região. Nesta terça-feira (25), a Vigilância Sanitária interditou os estabelecimentos. Os vendedores só poderão reabrir se cumprirem as normas de higiene.
“É uma prevenção para que novos casos, se realmente forem do açaí, novos casos não venham a acontecer”, diz Patrícia Pina de Araújo, da Vigilância Sanitária Municipal.
A Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí considerou precipitada a suspeita de que a transmissão da doença tenha acontecido pelo consumo da fruta e informou que orienta todos os comerciantes a seguirem as normas da Vigilância Sanitária.
Fonte: G1
Edição de 24/10/11
Protozoário causador da doença de Chagas pode gerar remédio para cardíacos
O mesmo protozoário que causa a doença de Chagas pode ser também um agente decisivo no combate a outras doenças cardíacas. Uma pesquisa do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (InCor-USP) aponta o Trypanosoma cruzi como o gerador natural do que pode vir a ser um novo remédio contra o acúmulo de colesterol em veias e artérias.
O Trypanosoma cruzi é produtor de uma enzima chamada transialidase. Estudos feitos ao longo de quase dez anos pelo InCor-USP já comprovaram que, em animais, essa enzima faz com que placas de colesterol fixadas nas artérias se desmanchem, reduzindo assim o risco de enfartes.
As pesquisas sobre a enzima são coordenadas pela diretora do Laboratório de Inflamação e Infecção do InCor-USP, Maria de Lourdes Higuchi, que se dedica, desde o início de sua carreira como pesquisadora, a estudar a doença de Chagas.
Ao longo de anos de trabalho, Maria de Lourdes percebeu que os doentes de Chagas tinham uma vantagem em relação a outras pessoas e isso chamou a sua atenção. 'Nenhum doente tinha histórico de aterosclerose [acúmulo de colesterol nas veias]', disse ela. 'Resolvemos então começar a estudar os motivos disso.'
Nesses estudos, a pesquisadora descobriu que a enzima transialidase, produzida pelo Trypanosoma cruzi, 'rouba' das células humanas ácido siálico. Esse ácido ajuda as bactérias a se unir ao colesterol e se prender nas paredes arteriais, formando blocos de gordura. Sem ácido siálico nas células, porém, as placas de gordura se desmancham.
Segundo Maria de Lourdes, a ação da enzima no combate ao acúmulo de colesterol já foi testada e confirmada em coelhos. A pesquisadora, agora, busca recursos para iniciar estudos sobre seus efeitos em pessoas com problemas cardíacos.
'Se tivéssemos uma condição ideal de trabalho e o apoio de uma grande empresa, poderíamos terminar as pesquisas em três ou quatro anos', contou. 'Estamos atrás do financiamento.'
O cardiologista José Antônio Ramires, diretor da Divisão de Cardiologia Clínica do InCor-USP, disse que espera que esse financiamento venha em breve pois o tratamento a partir da transialidase pode ser 'uma mudança de paradigma'. 'Seria um grande benefício para os pacientes', disse.
De acordo com Ramires, cerca de um terço das mortes registradas no Brasil é causada por doenças cardíacas. Dessas mortes, metade se deve à aterosclerose.
Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam ainda que esses números tendem a aumentar no país. Segundo Ramires, com isso, o Brasil deve ser a nação com maior número de mortes por doenças cardíacas até 2030.
Fonte: Agência BrasilEdição de 21/10/11
Mal de Chagas ataca uma pessoa por dia na capital paraense
Os 39 casos de Mal de Chagas em Belém já são mais que o dobro das ocorrências do ano passado - 14. Mais da metade deles (22) foram notificados nos últimos 20 dias, o que perfaz mais de um caso por dia, com duas mortes confirmadas, segundo informou ontem a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) durante coletiva de imprensa. Os casos confirmados no Pará subiram para 82 e as mortes já somam nove este ano, quase uma a cada mês. Em Belém, a Sesma diz que há um surto da doença e responsabiliza os pontos clandestinos de venda de açaí. O Departamento de Vigilância Sanitária de Belém (Devisa) fechará hoje cinco vendas de açaí ilegais no Telégrafo, que lidera em número de casos confirmados, com 9 registros. A Terra Firme tem 8 casos e em seguida estão a Pedreira e o Umarizal, com quatro notificações.
De acordo com a diretora do Devisa, Patrícia Pina de Araújo, além da interdição dos pontos irregulares, mais 66 comércios serão inspecionados em Belém, Icoaraci e Mosqueiro. 'Vamos verificar de onde este fruto está vindo. No Telégrafo, é provável que estejam recebendo do mesmo comprador. Nenhum deles está regularizado. Os outros 60 estão com o pedido de legalização no Devisa. Vamos observar se a manipulação e o armazenamento são feitos em condições adequadas', destacou. A Sesma disponibilizou o telefone 3246-8915, em horário comercial, para denúncias relacionadas à venda ilegal de açaí.
Diretora da Vigilância em Saúde da Sesma, Karlene Castro de Almeida explica que as amostras de açaí verificadas em laboratório revelam apenas o nível de coliformes fecais e bactérias, mas não a presença do Trypanosoma cruzi, causador da doença. 'Nossas investigações apontam que a transmissão pode ter sido pela ingestão do açaí, uma vez que o barbeiro (inseto hospedeiro do protozoário) não foi encontrado em nenhuma das áreas onde houve a ocorrência. No Telégrafo, um dos pacientes consumia o produto apenas de um ponto e ele acredita que contraiu a moléstia porque o alimento estava contaminado', explica. 'Mas o laboratório vai mostrar apenas se este açaí sob suspeita está apropriado para o consumo', disse. O laudo deve ficar pronto em até 15 dias.
Fonte: O Liberal