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Assalto a van acaba em morte

Edição de 23/03/2012

Policial militar à paisana troca tiros com bandidos que invadiram veículo na Augusto Montenegro. Um dos criminosos morreu; e outro fez cinco passageiros reféns. O terceiro suspeito fugiu.

uraci Oliveira, de 22 anos, mentor do assalto ocorrido, ontem, a uma van na avenida Augusto Montenegro, em Belém, foi morto com um tiro disparado por um policial militar à paisana, que estava dentro do veículo. Com medo de ser o próximo a ser morto pelo policial, Patrick da Silva Góes, 18 anos, o comparsa de Juraci, correu para o prédio de uma autoescola e fez cinco pessoas reféns. Policiais militares que passavam pela área se deslocaram até lá e negociaram a liberação dos reféns e a rendição do bandido. Foram momentos de susto, tensão e medo.

Os dois homens invadiram o transporte alternativo na tarde de ontem, por volta das 17 horas, e logo anunciaram o assalto. Um terceiro suspeito acompanhou do lado de fora, em uma motocicleta. Entretanto, Juraci Lopes de Oliveira, de 22 anos, também conhecido como Mata-Galo, Patrick da Silva Góes, de 18 anos, e mais o comparsa não sabiam, mas dentro do veículo havia um policial militar à paisana, que acompanhou toda a ação em silêncio. Após desembarcarem ao longo da avenida Augusto Montenegro, no bairro do Parque Verde, houve troca de tiros. Juraci acabou morrendo, Patrick fez cinco pessoas reféns e o comparsa conseguiu fugir.

Além do policial à paisana, policiais militares da guarnição de motopatrulhamento da 23ª Zona de Policiamento (ZPol) transitavam nas proximidades e foram surpreendidos pela situação. Quando perceberam o que se tratava, solicitaram reforços e pelo menos cinco viaturas da 22ª e 23ª ZPol atenderam o chamado, devido o perímetro - conjunto Jardim Sideral, alameda 30 de Agosto - ser considerado limite entre as guarnições.

Viaturas da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) que estavam nas proximidades também atenderam ao pedido de reforço e o cerco foi fechado para Patrick. O assaltante havia invadido uma autoescola e feito cinco pessoas reféns, dentre elas o comerciante Jefferson Vieira, de 32 anos, que deixou o local ao alegar que estava passando mal. "Sou paulista e estou em Belém há três meses, naquela hora (do assalto) eu estava entrando na autoescola. Quando ouvi os tiros, corri para dentro do prédio e me escondi. Não demorou muito e o assaltante (Patrick) invadiu o lugar e comecei a passar mal. Ele disse que era para todo mundo ficar quieto, que ninguém iria morrer", relembrou Jefferson.

Naquele mesmo momento, o eletricista Wagner Luis, de 28 anos, estava deixando o estabelecimento quando houve a troca de tiros. "Minha reação foi fechar a porta, mas o assaltante veio para cima de mim e mandou eu abrir. Como a porta era de vidro, eu não tive escolha a não ser obedecer e rezar para que não acontecesse nada pior. Acabei sendo mais um dos reféns, mas ele se distraiu e fugi", disse.

Juraci, com uniforme de mototaxista e alvejado com um tiro na cabeça, já havia morrido. Contudo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) foi acionado e chegou por volta das 17h30, onde checou se havia algum sinal de vida no assaltante, mas era tarde. Familiares dele estiveram no local e se desesperaram ao reconhecer o corpo e a motocicleta modelo Honda Titan, de cor amarela e placas OBT 7807, que seria usada para a fuga do bando.

NEGOCIAÇÃO

O comandante da 23ª ZPol, capitão Lima Neto, esteve à frente das negociações e conseguiu convencer o assaltante a se entregar e libertar os reféns, dentre eles uma mulher, que foi usada como escudo humano e ficou um revólver de calibre 38 - com seis munições, sendo uma deflagrada - apontada para a cabeça o tempo todo.

"Assim que chegamos à ocorrência, procuramos manter o contato com o assaltante e iniciar as negociações. Graças a Deus, tudo correu bem e ele se entregou sem maiores problemas. Com relação à atitude do policial", resumiu o oficial, acrescentando que o policial militar à paisana havia acompanhado os assaltantes assim que desceram da van, se identificado como policial e ordenado que se entregassem, porém, reagiram e o policial precisou se defender.

Quando Patrick foi colocado para dentro da viatura da Polícia Militar, dezenas de populares partiram para cima do criminoso, porém, foram impedidos pelas guarnições, que o conduziram até a 5ª Seccional Urbana da Marambaia, onde o caso foi registrado. Na referida unidade policial, Patrick disse que foi convidado por Juraci, que planejou o assalto e conseguiu a arma de fogo. "Eu não conhecia o outro cara (o comparsa que escapou), até porque o ‘Mata-Galo’ roubava com gente de vários bairros. A polícia também me prendeu (apreendeu) quando eu era menor de idade, por roubo. Ninguém contava com aquele cara (o policial) lá dentro da van", avaliou o assaltante.

Fonte: O Liberal

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