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Sejam Bem Vindos

Finados em Tracuateua

Edição de 03/11/11
Saudade. Esse foi o sentimento que pode descrever o que se passou pela cabeça de muitos tracuateuenses, que dedicaram uma parte de seu tempo aos seus familiares e amigos já falecidos durante o feriado de Finados. Os cemitério da cidade permaneceu bastante movimentado durante o dia de ontem, principalmente pela noite, em que celebrações, orações e demonstrações de carinho, com flores e outros objetos deixados nos túmulos, marcaram o feriado, como manda a tradição. O trânsito ficou um pouco complicado no entorno do cemitério, mas as pessoas tiveram paciência, pois o desejo de todos era o mesmo: homenagear os entes queridos que já se foram.

No cemitério de Tracuateua que se localiza no bairro Centro próximo a delegacia, a fila de carros era bastante grande juntando-se com os barraqueiros. Ao chegar em seu interior, a cena de diversos vasos e coroas de flores deixadas nos túmulos. Era possível ver diversas famílias aglomeradas em volta de onde estão enterrados os seus entes queridos.

A aposentada Maria S Mota, de 56 anos, parecia se destacar entre os presentes, pois permaneceu por bastante tempo sentada em uma cadeira de plástico, ao lado do túmulo de seu mãe e pai. "Eles morreram há 6 e 3 anos", afirma. Ela conta que o mãe faleceu em um domingo e o pai na sexta-feira. "Meu pai havia teve um derrame e uma parada antes de morrer e já não estava bem. Mas ele teve uma morte linda, porque estava trabalhando no seu quintal e morreu por lá mesmo. Tem muita gente que sofre e fica agonizando antes da morte, já ele não", recorda Maria. Já sua mãe faleceu por ter passado mal e sentido algumas dores. "Eu sou uma pessoa muito conformada, então não sofro. Eu aceitei que era a hora de Jesus levá-los", ressalta.

O que chamava a atenção no cemitério era algumas vendas dentro dele, uma cena muito comum era ver pessoas sentadas no chão em volta dos túmulos. A guardadeira Maria do Amparo, 51, e sua filha Lorena Pinto da Silva, 32, olhavam emocionadas o local onde os seus familiares estavam enterrados. "Aqui estão meu querido e amado esposo e minha santa mãezinha", diz Maria. O esposo da guardadeira faleceu em abril de 2010 e sua mãe há meses, no início de agosto deste ano. "A gente vem aqui para rezar, pois a vida deles acabou junto de nós, mas continua espiritualmente."

Consolação
 
Na entrada do cemitério estava um pouco tumultuada, com a venda da tradicional mandicueira e muitos carros estacionados e motoristas procurando vagas ao entorno do local. Porém muitas pessoas não deixaram isso atrapalhá-los, pois compareceram em peso às cerimônias religiosas realizadas por lá, além de irem visitar os túmulos de amigos e parentes. 

Alguns ainda aproveitaram para fazer a limpeza dos jazigos de concreto, como foi o caso das aposentadas Dirce Encarnação Santos, 79, e Jane Dorine, 62. "É só um tapinha, para ficar mais bonito", explica Jane, enquanto passava o pano no local onde estão enterrados seu pai e o enteado de sua mãe Dirce. "Enquanto tivermos saúde, a gente vem para cá para dar uma olhadinha e uma limpadinha", enfatiza Dirce.
Fotos: Dj Alex

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K. Joias

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